A Prefeitura do Recife anunciou nesta segunda (4) medidas para minimizar o impacto do incêndio ocorrido no Mercado da Encruzilhada na manhã do último domingo (3). Entre as providências, estão o pagamento de um auxílio mensal de R$ 3 mil para os permissionários prejudicados. Além disso, estes trabalhadores serão realocados para outras áreas enquanto uma obra emergencial de reconstrução da estrutura será realizada no local, com duração de cerca de 180 dias. Também está suspenso o pagamento da taxa mensal por parte de todos os cerca de 200 permissionários do Mercado e, para os diretamente atingidos, até o final das obras. As garantias foram dadas pelo prefeito João Campos durante vistoria ao local.
“A gente veio aqui primeiro prestar a nossa solidariedade a todo mundo que usa e que trabalha no Mercado da Encruzilhada. Desde o primeiro momento, no início do incêndio, a Prefeitura atuou com todas as suas secretarias e vai continuar com presença efetiva. A gente teve 11 operações diretamente atingidas e todas elas vão receber uma indenização de R$ 3 mil por mês até finalizar a reconstrução. A gente tem uma equipe da Defesa Civil, permanentemente, fazendo uma avaliação da área, junto com uma empresa especializada em demolição. Essa empresa, na tarde de hoje, já vai começar o processo de demolição. E a diretriz é manter a segurança do mercado e tentar isolar a menor área possível para fazer esse trabalho e não impedir o funcionamento de outros espaços”, afirmou João Campos.
“O cadastro das pessoas que vão receber a indenização já está começando para que possam receber ainda em setembro. Posteriormente, haverá a reconstrução, que deverá durar 180 dias. Lembro também que aqui é um imóvel IEP (Imóveis Especiais de Preservação), que tem valor e interesse histórico para a cidade. Então toda a equipe do Instituto Pelópidas Silveira, que cuida da parte de patrimônio histórico, também vai acompanhar”, acrescentou ele.
A Defesa Civil do Recife concluiu uma análise da situação da área atingida pelo incêndio e do seu entorno. A área será isolada, já que não possui condições de funcionamento, e uma obra emergencial será iniciada imediatamente para a reconstrução da estrutura. As demais áreas do mercado serão liberadas para o funcionamento normal assim que for possível.
Em relação aos boxes que ficaram inutilizados e à situação dos permissionários, a Prefeitura do Recife pagará um auxílio no valor de R$ 3 mil por mês para os responsáveis por cada um desses espaços. Ao todo, 11 permissionários foram identificados e a previsão é que o trabalho de reconstrução leve aproximadamente 180 dias. Em paralelo, esses permissionários contarão com estruturas provisórias na área do entorno do Mercado, para que eles possam retomar suas atividades durante esses 180 dias. “A autarquia já está em tratativas para a contratação das estruturas provisórias, para permitir que os permissionários que foram impactados diretamente tenham o menor tempo possível de interrupção do seu comércio. O objetivo é diminuir ao máximo o prejuízo”, explicou o diretor-presidente do CONVIVA, Gabriel Leitão.